domingo, 7 de abril de 2013

Numa tarde-manhã



Balançava o corpo seguindo a maresia inexistente,
Os olhos relaxados e cabeça levemente inclinada.
Surgia a minha frente, naquele rosa-por-do-sol
Uma nau simples, despida de majestade
Seus poucos tripulantes eram compostos por jogos de luzes,
Alguns fios e panos postos acidentalmente na posição correta.

Propondo o ponto



Conversei levianamente esperando os segundos passarem. Reparei em sua camisa, desfilei com minha saia. Aceitei sua condução. Sentamos constrangidos pelo mistério, que mantive tanto quanto pude. Fez o pedido, apenas sorri paisajadamente. Colocou ao lado da xícara a naturalidade fingida. Pergunta direta e mais firme que o tremeluzir de suas mãos. Abrangi o sorriso de forma acolhedora, assim espero, e suspirei seus olhos. Expliquei tão calmamente como se explica matemática a uma criança. Esquadrinhei sua resposta muda. Talvez um brilho nos olhos? Bom, talvez. Respiramos em uníssono um ar ligeiramente mais leve para começar o segundo capítulo final.